Faculdade literária do CAITIF forma sua primeira bacharela
- Dissonante -
Ele ressoou desesperado em minhas mãos.
Seu corpo frio falava de perdas e perdidos
um jorro de enganos fatais e vestígios de nada.
Meus dedos tateavam em seu pescoço
o desejo pulsante de amá-lo e depois o matar
sangria desatada de promessas malfeitas
e meias palavras embebidas em vinho branco de indiferença.
Entrelaçado em minhas pernas ele não poderia notar
tantas terceiras intenções
tantas maledicências de mulher traída pelo som
a porta de um quarto que bate e uns vestígios de passos no corredor
Seu corpo de borboleta ainda em meu invólucro de transformações
- Rompeu-se.
Dedilhei a pele brincando nos fios de sua teia
Metálico psicatto das infames odes às minhas ilusões.
Numa camerata de dissonâncias proibidas
buscava em seus vazios o delírio de duas noites e um dia
toda sorte de lamentos e incerteza burra
molhados do suor das tentativas de se pisar em
ladrilhos de brilhantes construídos sob a última chuva que passou
Um anjo num bosque no final de uma rua
Servindo com devota doçura seus despropositados desvãos
a ratear a amargura.
- Então desnudei-me de asas e provei da sua oferenda
concedendo seu perdão debaixo da fúria das minhas patas.
Quebrada a madeira (tinha a cor da lascívia)
seu sangue seco ecoou
Volúpia da voluta em espiral de tornados
transtornada nos desígnios das minhas vaidades
- o instante do piscar e um arco disforme de esperança fútil -
afundados num monte de areia
rejeições e silêncio.
Escrito por Jezebel Mordecai
Ele ressoou desesperado em minhas mãos.
Seu corpo frio falava de perdas e perdidos
um jorro de enganos fatais e vestígios de nada.
Meus dedos tateavam em seu pescoço
o desejo pulsante de amá-lo e depois o matar
sangria desatada de promessas malfeitas
e meias palavras embebidas em vinho branco de indiferença.
Entrelaçado em minhas pernas ele não poderia notar
tantas terceiras intenções
tantas maledicências de mulher traída pelo som
a porta de um quarto que bate e uns vestígios de passos no corredor
Seu corpo de borboleta ainda em meu invólucro de transformações
- Rompeu-se.
Dedilhei a pele brincando nos fios de sua teia
Metálico psicatto das infames odes às minhas ilusões.
Numa camerata de dissonâncias proibidas
buscava em seus vazios o delírio de duas noites e um dia
toda sorte de lamentos e incerteza burra
molhados do suor das tentativas de se pisar em
ladrilhos de brilhantes construídos sob a última chuva que passou
Um anjo num bosque no final de uma rua
Servindo com devota doçura seus despropositados desvãos
a ratear a amargura.
- Então desnudei-me de asas e provei da sua oferenda
concedendo seu perdão debaixo da fúria das minhas patas.
Quebrada a madeira (tinha a cor da lascívia)
seu sangue seco ecoou
Volúpia da voluta em espiral de tornados
transtornada nos desígnios das minhas vaidades
- o instante do piscar e um arco disforme de esperança fútil -
afundados num monte de areia
rejeições e silêncio.
Escrito por Jezebel Mordecai