Paralelo
Em algum lugar não tão distante daqui vive um outro eu que não se esconde tanto nem mesmo se distrai pois é diferente vidente oportuno e congruente que não se parece comigo é meu inimigo melhor amigo que se esconde no final do sonho e caminha por caminhos tortos que sempre o levam ao mesmo lugar no infinito de minha percepção distante de qualquer sentido contido ou contente mas ele está sempre ali rindo do mundo que se acaba na ignorância egoísta de quem desconstrói a vida com uma caneta e chora a volta da borboleta que displicente não percebe fazer seu último vôo ao desconhecido que cortado por um “viadulto“ abre caminho para a ilusão dissidente de uma realidade vigente na inoperância e prepotência poética de quem espera pela aparição voluntária de seu destino e perplexo resolve abandonar tudo à própria sorte embalado pelos ventos calmos que tocam as pétalas caídas na sacada.
<< Home