Todo ato insano tem em si sua razão de ser

Eis minhas loucuras, transfiguradas em letras e caracteres estranhos numa combinação muitas vezes sem sentido, malucas e desconexas, um amontoado geral de coisas sem valor algum, às quais dou o nome de distonâncias inconsequentes...

15.12.04

Tem uma semana que o escrevi, era mais uma conversa comigo mesmo, mas esta se refletiu em tudo o que ocorreu na noite em que foi escrito... algumas horas sintetizadas em 30 minutos e algumas linhas... da noite restou um saldo positivo de muita serenidade e sabedoria, mesmo que alguns Kuëmmels e Jägermeister depois, esta mesma serenidade tenha teimado em prevalecer. Decisões foram mantidas.

Novas Distonâncias (distonância inconseqüente 3)

Insalubre esta noite...
tão calma que parece esconder algo
que me espera¿
quem sabe Nada¿
até meus instintos teimam me enganar
tolos pensamentos
tolas emoções
tolos desejos
não
desejos nunca são tolos
muitas vezes inconseqüentes
mas nunca tolos
tolos são aqueles que acreditam serem capazes de controlar os fatos a sua volta
além de tolos
marcados ao sofrimento eterno
não se controlam os fatos
fatos podem ser provocados
induzidos favorecidos
quem dera eu ser capaz de controlar algo
nem mesmo o jato de urina que cisma cruzar as barreiras da latrina eu consigo
controlar
note bem isso
urina
união de quase tudo que o corpo não precisa
nem esse líquido que desprezamos sou capaz de controlar
quanto mais eu
como controlar a mim¿
algo tão inconstante
emotivo rude confuso determinado covarde hesitante capaz decidido
pra que me enganar¿
o que sou¿
provavelmente um pouco da urina do mundo
mas de qual mundo¿
qual dos meus mundos¿
que confusão isso tudo
pudera tudo ser mais fácil
mais simples
ahhhhhhhhhhh
por que não ser negligente¿
de que servem as conseqüências
se não para serem motivos
para deixarmos de fazer o que queremos.