Todo ato insano tem em si sua razão de ser

Eis minhas loucuras, transfiguradas em letras e caracteres estranhos numa combinação muitas vezes sem sentido, malucas e desconexas, um amontoado geral de coisas sem valor algum, às quais dou o nome de distonâncias inconsequentes...

21.9.10

Os braços já estão cansados e as pernas tremem sem forças, apenas dois dedos seguram e mantêm o equilíbrio do corpo. Um pé direito bem posicionado estabiliza e serve de apoio, apenas 8 milímetros o separam de uma longa queda, a mais longa, limpa, vazia.




nuvens de tempestade

vidas roubadas do horizonte

leve brisa do mar

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20.9.10

Uma interposição ilusória é nada mais que a intenção de se deslocar entre o estado consciente de si mesmo e uma versão menos romântica de um estado psicótico de seu eu imaginário em um mundo onde o coletivo já não existe e a presença mística que nos cerca é algo quase tão desacreditado que nos coloca a todos na condição de ouvintes impacientes desta retórica pouco contundente que preenche o dia-a-dia e nós leva a perceber com certa indistinção que não somos mais tão sábios como gostaríamos de ter sido em outros tempos mas que ainda assim nos satisfaz a idéia de que o outro tem sempre a culpa de nossos erros e nesse contexto nos espelhamos no que não somos para buscar explicar às pessoas o porque de sermos a cada dia menos presentes em nossa ações

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Se sou mesmo um anjo na Terra para aprender um pouco da difícil arte de viver, informo que não quero mais brincar, podem me levar de volta.

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10.9.10

Caminhava entre os carros como se estes estivessem parados, enquanto os pensamentos saltavam embalados pelas sugestões de seu ipod, algo como cortar a garganta e brincar sobre o sangue, imagem que se materializou em sua mente, enganando seus sentidos, em fuga, desorientado, se perdeu entre os destroços retorcidos, sempre embalado pela música...

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Sinto que só vou ser capaz disso quando me desprender de um monte de coisas, preciso reconstruir minha identidade em algo mais próximo do que sou, algo totalmente diferente do que esboço hoje, um ser menos temeroso e um pouco mais feliz, perdi muita coisa ultimamente, algumas eu nunca encontrei, outras que nunca tive, kdoresset?

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9.9.10

Sentiu no rosto a brisa fria, que incapaz de acalmar seu coração inquieto, congelou em instantes seus pensamentos, a volátil presença dos anos em que ali esteve agora eram apenas lembranças de eras gloriosas, espaças referências a um futuro desconstruído na desilusão presente em si, apenas em si.

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8.9.10

O sorriso da criança que cavalga o vento é contagiante. Silencioso ele invade nossos pensamentos, permeia nossas ações e sequer nos damos conta do que está acontecendo. Sorrateira ela se aproxima e deixa sua marca, um ponto azul que transforma o humor e faz florescer.

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7.9.10

O peso dos dias perdidos incomoda a alma, como reflexões sem sentido. A eterna busca desconhecida pelo nexo inexistente na mente do viajante, o sonho distante perpétuo no momento infinito. O olhar, apenas um olhar.

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6.9.10

Sabe quando o universo parece conspirar por meio das músicas que o shuffle coloca para tocar no seu iPod? Pois é... tenso.

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4.9.10

Como pregam as tradições do foda-se (1) todo primeiro brinde da noite de ver dedicado ao foda-se e (2) todo brinde ao foda-se deve ser virado, ainda assim me pergunto, como proceder no segundo brinde da noite quanto não é declaradamente ao foda-se. Enfrentando este dilema defini a terceira lei do foda-se (3) em caso de dúvida, brinda-se ao foda-se, e tenho dito.

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1.9.10

Abriu os olhos e não conseguia acreditar no que via, as gaivotas pareciam não se importar com sua presença, com os braços abertos quase podia tocá-las. Mal era possível ver sua sombra que acompanhando o relevo parecia subir as montanhas, uma toalha xadrez denunciava um piquenique, debaixo da castanheira, pertinho da areia. O cheiro do mar já o hipnotizava, assim como o acariciar das ondas...

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Do alto da árvore ele aguarda pacientemente sua presa, olhar atento ao menor ruído. A brisa que quebra o silêncio e acalenta as folhas é sua única companhia, suas palavras o deixam em transe, tão profundo quanto a noite, tão negro quanto o fundo do oceano




Sabe quando por muito breve instante você acha que está meio sem inspiração e segundos depois tem essa certeza, pois é... minha fragilmente está quase entrando em colapso, mas resisto bravamente pois “sou brasileiro e não desisto nunca”, não é isso que pregam por aí? Apesar de não acreditar no bordão e não estar disposto a analisar a dicotomia do mesmo, continuarei esta demonstração de bravura e estupidez.

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Os corpos espalhados pelo chão denunciam toda a violência e brutalidade dos minutos passados. Todo aquele silêncio rompido pelo debater de um estandarte em riste, empalado. Não havia sequer uma gota de sangue, apenas instantes de solidão eternizados em mármore.

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